Quero refletir com vocês alguns princípios citados pelo beato João Paulo II, os quais precisamos observar para viver bem a liturgia da Igreja. Todos sabem que existem vários ritmos de músicas e cada um destes se adequam a um respectivo ambiente. Música para um momento de lazer, ritmos para descansarmos e também há um ritmo próprio para as celebrações litúrgicas. O beato João Paulo II, citando o parágrafo 112 da Constituição Conciliar sobre a Sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, afirma que as ações litúrgicas possuem, como finalidade, a glória de Deus e a santificação dos fiéis na santidade de Cristo, por isso ela possui um poder extraordinário.
Muitos homens de Deus testemunham sua conversão, seu encontro pessoal com o Senhor por meio da música litúrgica. Um destes foi Santo Agostinho. Em sua obra "Confissões", ele descreve sua experiência com Deus por meio dos hinos e canções no momento do seu batismo; o santo afirma que foi tomado por um sentimento de santidade quando ouvia os ritmos.
Quanto aos instrumentos musicais, os critérios que os Documentos da Igreja nos oferecem exigem que estes estejam adaptados ou sejam adaptáveis ao uso sacro, correspondendo à dignidade do templo, podendo sustentar o canto dos fiéis e favorecendo a sua edificação. Portanto, o momento da liturgia não é de espetáculo, de ensaio, nem é lugar para que os músicos fiquem aparecendo. A finalidade é a glória de Deus e a edificação dos fiéis.
Padre Wagner Ferreira
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